28 outubro, 2008

Um sonho de liberdade.


No extremo norte desse país continental, tive a feliz oportunidade de presenciar uma das mais belas campanhas eleitorais que já vi. O sol era o rei das ruas quando chegou até nós a triste nova. O estandarte mais visível da democracia em Macapá acabava de ser destruído num brutal atentado, o direito da cidadania.
Foi-me impossível não ter um sentimento de empatia com as forças vivas de um povo que respirava a possibilidade de romper com um processo de divisão entre a liberdade e o autoritarismo, a mesma que durante muito tempo mantiveram avôs e pais dos filhos que ali lutavam e clamavam pela liberdade e pela democracia. Não foram poucos os que defenderam a democracia e as liberdades, como tampouco são os que tentam manter o clientelismo e a corrupção de um estado que ainda tem um senhor.


De um lado o senhor do Amapá, certo Senador, viu-se atônito com tamanha mobilização popular, que fora necessário sair de seu castelo, para comprar o direito daqueles que ansiavam por um futuro melhor. A cada bandeira da liberdade, milhares de reais para impedir o sonho.


A força totalitária foi usada, a máquina pública e todos os poderes reinantes do estado do Amapá foram mobilizados para deter o avanço de uma coluna que marchava para a liberdade. Era possível perceber a coerção dos poderosos de forma aviltante, sem nenhum escrúpulo.


No outro lado, a força popular nas ruas e nos comícios, o povo via germinar uma semente de esperança e liberdade. Crianças, homens e mulheres sabiam que naquela luta por liberdade estava semeada a página de uma nova história.


A mudança era percebida no rosto de cada jovem, vestindo o amarelo, a cor da esperança que se refletia em dias de sol. Homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que sonharam e acreditaram na mudança, e ainda lutam pela transformação, mostraram que é possível vencer, sonhar e resistir, pois os senhores do poder podem comprar votos, bandeiras, mas nunca compraram nossa consciência e nossa liberdade. Porque somos socialistas e livres.

     Esta bandeira também é minha porque Sepé Tiarajú defendeu seu povo contra a colonização dos espanhóis e portugueses;      Esta bandeira...