Um semeador passou o dia inteiro espalhando grãos de trigo em seu campo. Ao pôr do sol, voltou para casa cansado, mas feliz, pois sabia que aquele trigo, em breve, se transformaria em pão para alimentar muitas pessoas.
Mas ele tinha um inimigo invejoso, que queria prejudicar suas plantações. Pensou em semear pedras, mas isso seria facilmente removido. Então teve uma ideia ainda mais maldosa: semear joio no meio do trigo.
O joio é uma planta parecida com o trigo, mas que não serve para alimentação e pode até ser venenosa. Assim, o inimigo tentou prejudicar a colheita e causar mal a quem consumisse o produto do campo. Durante a noite, ele espalhou o joio pelo trigal e foi embora, satisfeito com sua maldade.
Algum tempo depois, quando as espigas começaram a surgir, também apareceu o joio. Os trabalhadores alertaram o semeador:
— Senhor, não semeaste apenas boas sementes? Por que então há joio no trigal?
O semeador respondeu:
— Foi um inimigo que fez isso.
Eles perguntaram:
— Devemos arrancar o joio agora mesmo?
O semeador explicou:
— Não é possível agora. O joio é muito parecido com o trigo, e se arrancarmos o joio, arrancaremos também o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita. Na hora da ceifa, direi aos ceifeiros que primeiro recolham o joio e o queimem; depois juntem o trigo no meu celeiro, se ele tiver resistido.
Roriz Nunca Mais!