Há
exatos 44 anos atrás era assassinado Martin Luther King - no dia 4 de abril de
1968 -, aos 39 anos de idade.
Aos que
não o conheceram e que pouco leram ou ouviram a seu respeito: Martin Luther
King foi um ícone da luta por igualdade e paz, seus ideais mobilizaram
multidões...
Temos um sonho e a luta continua!
Martin Luther King, um perfil:

Ele foi
um grande líder. Lutou incessantemente pelos princípios de liberdade e
igualdade, e pelos direitos civis na América. Pelo combate pacífico contra o
preconceito racial, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Mas a trajetória de um dos
mais importantes e respeitados líderes políticos negros foi breve. Foi
assassinado aos 39 anos por um branco segregacionista.
O
MOVIMENTO começou quando A passageira, Rosa Parks, que se recusou a ceder o
lugar no ônibus para um branco, e por isso ela foi presa por desacato às leis
segregacionistas.A luta de Luther King pelos direitos civis nos Estados Unidos
teve início no episódio conhecido como Milagre de Montgomery, em 1955. Então
presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, liderou, junto com os
demais membros da comunidade, um boicote às empresas de ônibus da cidade, após
um ato discriminatório a uma passageira negra.
Este
episódio colocou a questão racial em debate nacional e gerou um movimento, que
durou um ano, para pressionar o Estado a abolir este tipo de segregação. A
reivindicação foi acatada pela Suprema Corte Americana, que determinou o fim da
discriminação nos transportes públicos.
Em
seguida, King liderou uma série de protestos em diversas cidades
norte-americanas contra a segregação racial em espaços públicos e pelos
direitos civis do negro. Em 1960, os negros conquistaram o direito de acesso a
bibliotecas, parques e lanchonetes.
Na
década de 60, a questão racial era apenas uma parte da luta de classes nos EUA,
além das greves e da luta dos trabalhadores, e da participação dos EUA em
golpes e conflitos militares no mundo inteiro.
MARCHA –
Em 1963, o ativista político liderou a Marcha para Washington, um movimento de
luta pelo fim da segregação racial. O manifesto em prol dos Direitos Civis de
todos os cidadãos americanos contou com a participação de mais de 200 mil
pessoas. Na ocasião, Luther King proferiu o célebre discurso Eu tenho um sonho,
que clamava por uma sociedade de liberdade e igualdade.
Aos 35
anos, Luther King foi contemplado com o Nobel da Paz, sendo o mais jovem
ganhador deste importante Prêmio. A não-violência foi a forma utilizada para
articular sua luta, realizada por meio de uma resistência firme, mas pacífica.
No entanto, o líder político foi preso por diversas vezes, duramente criticado
e sofreu ameaças por seus posicionamentos.
A
batalha de Luther King pelos direitos civis dos negros teve continuidade com a
aprovação da Lei dos Direitos Civis, assinada em 1964, que garantia a igualdade
de direitos. No ano seguinte, mais uma importante conquista aconteceria: a
aprovação da Lei dos Direitos de Voto para os negros. Luther King também lutou
em favor de oportunidades de emprego para os pobres no país e, em 1967, uniu-se
ao Movimento pela paz na Guerra do Vietnã.
ASSASSINATO – Martin Luther King foi
assassinado no dia 4 de abril de 1968, aos 39 anos, em Menphis. Todavia, sua
luta significou um marco histórico na defesa pelos direitos civis de toda a
humanidade e pela paz. Seu legado influenciou o fim do Apartheid na África do
Sul e permitiu que o mundo assistisse, na primeira década do século XXI, a
ascensão do primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América, Barack
Obama.
Temos um sonho e a luta continua!
Manifestações
de racismo são constantes na sociedade brasileira e mundial, e ainda assistimos
a crimes bárbaros motivados pela questão racial. Os níveis de vitimização de
jovens negros são alarmantes, conforme consta no Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil,
publicação do Ministério da Justiça e do Instituto Sangari, recentemente
lançada (disponível em: www.mapadaviolencia.org.br).
De
acordo com a análise, em todos os dados apresentados, a população negra ocupa
os primeiros lugares entre as vítimas por mortes violentas, principalmente os
homens negros. “Esta situação está presente em todas as regiões brasileiras,
com raras exceções em alguns Estados, e visibiliza um nítido componente racial
no perfil de incidência dessas mortes” (trecho do relatório).
FUNDAÇÃO PALMARES – Neste governo, o cerne da luta contra o racismo é fomentar ações de enfrentamento às violências motivadas pela discriminação, contribuindo para a promoção do direito da população negra à vida. E construir políticas de ações afirmativas para a valorização da cultura negra é o desafio da Fundação Cultural Palmares (FCP), ora sob a presidência de Eloi Ferreira de Araujo.
FUNDAÇÃO PALMARES – Neste governo, o cerne da luta contra o racismo é fomentar ações de enfrentamento às violências motivadas pela discriminação, contribuindo para a promoção do direito da população negra à vida. E construir políticas de ações afirmativas para a valorização da cultura negra é o desafio da Fundação Cultural Palmares (FCP), ora sob a presidência de Eloi Ferreira de Araujo.
Com
ferramentas como o Estatuto da Igualdade Racial e a disposição de avançar na
transversalidade da cultura com os demais órgãos governamentais e segmentos
sociais, os gestores da Palmares desejam promover a identidade dos negros e das
negras no Brasil e no mundo. Neste ano se faz menção Internacionalmente aos
Povos Afrodescendentes, e Luther King inspira o combate contra a discriminação.
Violência
racial é violação de direitos humanos. Portanto, a luta pela igualdade e pela
liberdade não pode parar!
Martin Luther King, um perfil:
Martin
Luther King nasceu numa família de negros norte-americanos, em 15 de janeiro de
1929, na parte mais radical do segregacionismo – o sul dos Estados Unidos, em
Atlanta. Filho e neto de pastores, cresceu num ambiente de fortes convicções
políticas e religiosas, tornando-se pastor batista aos dezenove anos. Formou-se
em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em
filosofia pela Universidade de Boston.
Defendeu a luta pela paz e se dedicou à filosofia do protesto não violento, inspirado nas idéias do líder indiano Mahatma Gandhi.
Defendeu a luta pela paz e se dedicou à filosofia do protesto não violento, inspirado nas idéias do líder indiano Mahatma Gandhi.